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Com dívidas, companheiro preso teria pedido para vítima fazer empréstimo de R$ 16 mil no dia do crime

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O professor Diogo Viola de Nadai, preso nesta terça-feira suspeito de envolvimento na morte da engenheira Letycia Peixoto Fonseca — grávida de oito meses alvo de tiros em Campos dos Goytacazes — teria pedido a companheira fazer um empréstimo de R$ 16 mil para pagar dívidas de sua loja. A informação foi dada por Cintia Pessanha Peixoto Fonseca, mãe de Letycia Peixoto Fonseca, na delegacia e foi uma das informações usadas pello Tribunal de Justiça para decretar a prisão temporária do professor. Diogo Viola de Nadai é apontado pelo inquérito da Polícia Civil como autor intelectual e mandante do homicídio da companheira Letycia Peixoto Fonseca

“A declarante (mãe de Letycia) se recorda que no dia do crime, ou seja, dia 02/03/2023, na hora do almoço, a LETYCIA comentou que o DIOGO pediu para que ela fizesse um empréstimo no valor de R$ 16.000,00 em nome dela, para que ele pudesse pagar as dívidas, mas ela negou, então ele disse que iria conseguir com um amigo. (…) Que a declarante sempre achou que o DIOGO agia com falsidade nas atitudes relacionas à gravidez”, diz trecho da decisão do juíz Adones Henrique Silva Ambrosio Vieira.

No depoimento, Cintia contou à polícia que Diogo deixava em cima da mesa de casa boletos atrasados de sua loja e ia dormir. O fato incomodaria a filha Letycia que, nas palavras da mãe, “achava aquilo um absurdo”. A mãe, que também foi vítima dos atiradores na noite do crime, revelou sempre achar que o professor “agia com falsidade nas atitudes relacionas à gravidez” e ele não teria comprado nenhum item para o bebê.

‘Já morreu?’

Cintia Pessanha ainda relatou aos policiais que enquanto esteve internada, vítima de um tiro na noite do crime, “achou muito estranho” Diogo Viola não ter ido visita-la ou ter procurado saber de Letycia ou do bebê, que também morreu.

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“Então durante o atendimento do tiro que levou, ouviu de uma acompanhante de outra paciente, que um homem grande (deu as mesmas características do DIOGO) chegou na frente do Hospital e perguntou: “JÁ MORREU? JÁ MORREU?” (…) Que na Sexta, dia 03/03/2023, enquanto a família estava na rua agindo as documentações, o DIOGO ficou em casa dormindo, mostrando total indiferença”, disse em depoimento.

A mãe de Letycia narrou ainda que a filha já tinha ficado grávida de Diogo, mas, com um problema durante a gestação, precisou fazer uma curetagem. O relacionamento dos dois então terminou após o fato e, após voltarem, a filha contou que o companheiro chegou a apertar o braço dela durante uma discussão, pois queria ter acesso ao telefone celular dela. Ela também reclamava que o professor nunca tinha apresentado Letycia à família.

Diogo ficou em silêncio

Ao ser preso, Diogo Viola se manteve em silêncio ao ser encaminhado à 134ª DP (Campos) na última noite. Sua prisão temporária foi solicitada pela delegada titular da unidade, Natália Patrão, que também aguarda dados de operadoras de telefone e de aplicativos para continuar as investigações.

Diogo era companheiro da vítima e apontado pela família de Letycia como pai do filho esperado por ela. Ele chegou a prestar depoimento após o crime, mas, nesta terça-feira, manteve-se em silêncio na delegacia.

A informação foi confirmada pelo seu advogado, Reynaldo Peixoto, que irá se pronunciar à imprensa após reunião com a família do suspeito. A audiência de custódia do suspeito deve acontecer nesta quarta-feira

Ao todo, cinco suspeitos estão presos pela “participação no covarde crime que executou uma mulher grávida de 8 meses”, conforme publicação da 134ª DP (Campos) pelas redes sociais na última noite. Os cinco seriam, segundo a delegada: mandante, interlocutor, proprietário da moto, condutor e atirador.

A delegada Natália Patrão informou, nesta manhã, que aguarda novos elementos na investigação.

— Deve estar chegando a resposta já solicitada de todas as operadoras e aplicativos que tiveram interlocutores no fato — afirmou a titular da 134ª DP (Campos), em discurso na porta da delegacia, durante evento do Dia Internacional da mulher.

Natália acrescentou que manterá uma equipe dedicada a uma “análise concreta e mais célere possível” do caso.

Cintia Pessanha Fonseca, mãe da vítima e testemunha do crime, esteve presente no evento nesta manhã. Ao EXTRA, disse que só se manifestará sobre Diogo após a conclusão do crime, por parte da Polícia Civil:

— Eu não tenho nenhum sentimento a expressar sobre a prisão do Diogo, só terei quando a sentença dele sair. Acho que minha filha não acreditaria ao vê-lo preso. De onde ela está, a dor maior dela não deve ser a morte, mas ver através de que (modo) e de quem.

A mãe de Letycia é testemunha do caso e presenciou, da calçada, o momento em que a filha foi alvejada. Cintia reagiu e, ao tentar correr atrás do atirador, levou um tiro na coxa esquerda, mas passa bem.

Relembre o caso

Grávida de oito meses, Letycia Peixoto Fonseca foi morta com cinco tiros, na Rua Simeão Schremeth, no bairro Parque Aurora, em Campos dos Goytacazes. A vítima foi socorrida pela família, mas morreu na chegada ao hospital. Já o bebê que esperava, Hugo, nasceu com vida, mas morreu na manhã seguinte.

Os dois foram sepultados na noite da última sexta-feira.

Também ocupante do veículo, a tia de Letycia, Simone Peixoto, de 50 anos, viajava no banco do carona. Mesmo sem ser atingida, ficou coberta pelo sangue da sobrinha e agora convive com o trauma. Segundo Célio Peixoto, irmão de Simone, ela tem síndrome de Down e, se antes falava pouco, agora se mantém calada e chora com frequência, lembrando do crime.

Companheiro de Letycia, o professor e empresário Diogo Viola de Nadai é considerado por pessoas próximas à vítima como alguém de poucas palavras e que não gosta de aparecer em fotos. Considerado suspeito pela Polícia Civil, dormiu na casa da mãe de Letycia no dia do crime e carregou o caixão do bebê durante o sepultamento.

Gerente de uma distribuidora de Campos, Letycia era formada em Engenharia de Produção. As instituições em que ela estudou emitiram notas de pesar. A Universidade Candido Mendes, onde fez a graduação, definiu Letycia como uma “excelente aluna”. Já a direção-geral do campus Guarus (Campos dos Goytacazes) do Instituto Federal Fluminense, local em que fez curso técnico em Eletrônica, manifestou sua solidariedade aos familiares e amigos da ex-aluna.

Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, morreu na noite de quinta-feira, após ser alvo de tiros na rua em que morava em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense; ela estava grávida de oito meses
Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, morreu na noite de quinta-feira, após ser alvo de tiros na rua em que morava em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense; ela estava grávida de oito meses Foto: Reprodução / arquivo pessoal

Por G1

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Esclarecimento sobre a criação do site Rio de Nojeira

Gostaria de esclarecer os motivos que levaram à criação do site Rio de Nojeira. Ocorre que o criador do Rio de Nojeira Oficial optou por não registrar o domínio http://riodenojeira.com.br. Como já havia algum tempo que eu possuía esse domínio registrado, fui questionado pelo dono do Rio de Nojeira de maneira pouco educada sobre esse registro.

Sendo uma pessoa de caráter e agindo com transparência, mesmo sabendo que o domínio estava livre para registro na época, decidi repassá-lo ao dono do Rio de Nojeira. No entanto, ele não renovou o domínio, levando ao congelamento do mesmo pelo Registro.br. Assim que o domínio foi liberado novamente para registro, procedi com a sua aquisição, seguindo todas as normas legais.

Reitero que a criação do site Rio de Nojeira não tem qualquer intenção de denegrir ou competir com as mídias já cadastradas pelo Rio de Nojeira Oficial. Meu objetivo é atuar dentro da legalidade e contribuir de forma positiva para o público interessado no conteúdo.