Por
Cyro Neves | Carlos Palermo
A Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta terça-feira (25), a libertação do motociclista Thiago Marques Gonçalves e do universitário Igor Melo de Carvalho.
A decisão foi tomada durante audiência de custódia, após investigações indicarem que Igor, de 32 anos, solicitou um transporte por aplicativo para retornar do trabalho na Penha, aproximadamente duas horas após o horário em que a esposa de um policial militar reformado afirmou ter sido assaltada no mesmo bairro.
Entenda o caso
Igor foi baleado enquanto estava na garupa da motocicleta conduzida por Thiago. O policial reformado Carlos Alberto de Jesus admitiu ter efetuado os disparos, alegando que a dupla seria responsável pelo roubo do celular de sua esposa.
Contudo, imagens das câmeras de segurança do local de trabalho de Igor mostram que ele saiu do estabelecimento por volta de 1h06 da segunda-feira (24), enquanto o suposto assalto teria ocorrido às 23h do domingo (23).
Registros do aplicativo de transporte confirmam que Igor solicitou a corrida às 1h27, e imagens fornecidas por familiares mostram o momento em que ele embarca na motocicleta cerca de três minutos depois.
Confira o vídeo:
Durante o trajeto, Igor percebeu que estavam sendo seguidos por um veículo e, em seguida, ouviu disparos, sendo atingido e caindo da moto. Mesmo ferido, conseguiu contatar colegas de trabalho, que o socorreram e o levaram ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde permanece internado.
Suposta vítima muda versão em depoimento
A prima de Igor, Pâmela, relatou que a esposa do policial esteve no hospital e afirmou que ele não era um dos assaltantes.
Igor é estudante de publicidade e propaganda e também atua como inspetor em uma faculdade, além de trabalhar como garçom para complementar a renda. Após o incidente, passou por cirurgia, perdeu um rim e teve o estômago e intestino gravemente afetados.
As informações são do site da Rádio Tupi
