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Prefeitura do Rio cria Força Municipal de Segurança e abre edital para 600 agentes, mesmo sem aprovação da Câmara

Prefeitura do Rio cria Força Municipal de Segurança e abre edital para 600 agentes, mesmo sem aprovação da Câmara | Imagem reprodução Prefeitura do Rio
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Segundo o edital publicado no Diário Oficial, o processo seletivo prevê a contratação de agentes com salários iniciais de R$ 3.000, além de benefícios. A estimativa de custo inicial para os cofres públicos gira em torno de R$ 100 milhões por ano, considerando folha de pagamento, uniformes, equipamentos e viaturas. O efetivo inicial será treinado para atuar principalmente em áreas comerciais e turísticas da cidade, com o objetivo declarado de “reprimir pequenos furtos, coibir arrastões e garantir a sensação de segurança”.

Apesar da movimentação da prefeitura, o projeto de criação da Força Municipal ainda não foi aprovado em definitivo pela Câmara Municipal. A proposta precisa passar por segunda votação e enfrenta resistência de parlamentares da oposição e de entidades da sociedade civil. Críticos alegam que a medida extrapola a competência constitucional dos municípios, que não têm atribuição legal para criar forças de segurança armadas.

O prefeito Eduardo Paes, por sua vez, argumenta que a criação da força é uma resposta necessária ao aumento da criminalidade e à ausência de presença efetiva do Estado em algumas regiões da cidade. “O cidadão não aguenta mais esperar. Vamos agir onde o poder público estadual não consegue alcançar”, declarou.

Polêmica e questionamentos

A iniciativa levanta uma série de questionamentos jurídicos e operacionais. Especialistas em direito público alertam que a medida pode ser considerada inconstitucional, já que a Constituição Federal atribui às Polícias Civil e Militar, vinculadas aos estados, o papel de promover a segurança pública. Outros alertam para o risco de militarização da Guarda Municipal, que já deveria ter como foco a proteção do patrimônio público e o apoio à fiscalização municipal.

“Essa nova força pode criar uma zona cinzenta entre as atribuições das polícias estaduais e do município, gerando conflitos e até abusos”, afirma a professora de Direito Constitucional Mariana Nogueira, da UFRJ.

Além disso, o gasto elevado em um momento de crise fiscal municipal é motivo de críticas. Sindicatos e movimentos sociais questionam a prioridade dada à segurança em detrimento de áreas como saúde, educação e assistência social.

Um modelo controverso

Inspirada em parte no modelo das polícias municipais de cidades como Nova York e Medellín, a Força Municipal de Segurança do Rio promete ser equipada com tecnologia de monitoramento, câmeras corporais e treinamento em abordagem comunitária. No entanto, não está claro se os agentes terão porte de arma – ponto que também divide opiniões e ainda depende de regulamentação.

Com o edital já aberto, o governo municipal pressiona a Câmara para concluir a votação nos próximos dias, sob o argumento de que o processo precisa estar em andamento para que a nova força entre em operação ainda em 2025.

A população, por sua vez, segue dividida. Em bairros como Copacabana e Centro, moradores e comerciantes dizem que se sentem abandonados pelo Estado e apoiam qualquer medida que aumente a presença de agentes nas ruas. Já em áreas periféricas, lideranças comunitárias temem abusos e discriminação.

A criação da Força Municipal de Segurança pode marcar um novo capítulo na gestão da segurança pública no Rio — ou gerar um novo impasse jurídico e político no já conturbado cenário da cidade.

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Esclarecimento sobre a criação do site Rio de Nojeira

Gostaria de esclarecer os motivos que levaram à criação do site Rio de Nojeira. Ocorre que o criador do Rio de Nojeira Oficial optou por não registrar o domínio http://riodenojeira.com.br. Como já havia algum tempo que eu possuía esse domínio registrado, fui questionado pelo dono do Rio de Nojeira de maneira pouco educada sobre esse registro.

Sendo uma pessoa de caráter e agindo com transparência, mesmo sabendo que o domínio estava livre para registro na época, decidi repassá-lo ao dono do Rio de Nojeira. No entanto, ele não renovou o domínio, levando ao congelamento do mesmo pelo Registro.br. Assim que o domínio foi liberado novamente para registro, procedi com a sua aquisição, seguindo todas as normas legais.

Reitero que a criação do site Rio de Nojeira não tem qualquer intenção de denegrir ou competir com as mídias já cadastradas pelo Rio de Nojeira Oficial. Meu objetivo é atuar dentro da legalidade e contribuir de forma positiva para o público interessado no conteúdo.